o pós-modernismo na Antropologia e o papel da escrita antropológica na construção dos contextos de sua autolegitimação...

Fora de contexto
as ficções persuasivas da antropologia

coleção:

Antropologia Hoje

autor:

Marilyn Strathern

projeto gráfico:

Estação Design

comentários:

M. R. Crick, Richard Fardon, Elvin Hatch, I. C. Jarvie, RikPinxten, Paul Rabinow, Elizabeth Tonkin, Stephen A. Tyler e George E. Marcus

acabamento:

brochura

páginas:

160

formato:

14 x 21 cm

ISBN brochura:

978 85 7816 108 8

ISBN e-book:

9788578162528

Considerada uma das mais importantes e criativas antropólogas em atividade no mundo, Marilyn Strathern aborda em seus estudos temas tão distintos quanto as questões de gênero e de parentesco, as tecnologias reprodutivas e a propriedade intelectual, entre muitos outros.

 

Neste ensaio, originalmente apresentado na aclamada Palestra Frazer de 1986, na Universidade de Liverpool, Inglaterra, Marilyn Strathern questiona o pós-modernismo na Antropologia. Escrito num momento de auge da tendência e fazendo jus ao debate travado naquela ocasião, o texto da antropóloga e os comentários que recebeu se convertem hoje numa leitura obrigatória para aqueles que desejam refletir sobre os rumos tomados pela disciplina desde então. Aparece aqui uma série de questões que permanecem atuais, vistas sob o prisma de concordâncias e divergências entre Strathern e outros teóricos de renome, partidários ou não do pós-modernismo.

 

A obra analisa duas rupturas fundantes na história da disciplina – de Frazer a Malinowski e do modernismo aos pós-modernos. A partir delas, a autora discute o papel da escrita antropológica na construção dos contextos de sua autolegitimação. Trata-se de uma reflexão profunda, precedida por um prefácio original da autora, produzido especialmente para esta edição.

 

À luz das distâncias conceituais que separam Frazer e Malinowski e modernos de pós-modernos, Strathern introduz um debate sobre os sentidos de história da disciplina. Segundo a autora, cada geração cria seu próprio sentido de história e, portanto, suas rupturas.

 

Enquanto discute a construção da história da disciplina a partir da escrita antropológica, Fora de contexto também analisa as próprias limitações da escrita e sua raiz etnocêntrica – seja com relação ao próprio passado da disciplina ou às suas práticas no presente.

 

A AUTORA

 

Marilyn Strathern é considerada uma das mais importantes e criativas antropólogas em atividade no mundo. Ela aborda em seus estudos temas tão distintos quanto as questões de gênero e de parentesco, as tecnologias reprodutivas e a propriedade intelectual, entre muitos outros.

 

A antropóloga nasceu em 1941, em Bromley Kent, no Reino Unido, onde é atualmente professora de Antropologia Social da Universidade de Cambridge. Em 1960, ingressou na GirtonCollege, da mesma universidade – a primeira instituição inglesa de ensino superior a admitir mulheres. Lá, deu início à sua formação no campo dos estudos melanésios, desenvolvendo pesquisas entre os hagen, tema de sua tese de doutorado, Women in Between, publicada em 1972 e reconhecida como um estudo pioneiro sobre o tema das relações de gênero.

 

Desde então, Strathern se consolidou por suas contribuições para a renovação do debate antropológico e os estudos de gênero, e também por seus aportes fundamentais à crítica dos modelos de produção de conhecimento euro-americanos. Esses são assuntos que perpassam obras clássicas da autora, como O gênero da dádiva (1988), Partial Connections (1991) e AfterNature (1992).

 

Mais recentemente, criou uma área de pesquisa voltada ao estudo das “culturas de auditoria” (auditingcultures), dedicando-se a investigações relativas aos conselhos de ética e organismos científicos. Strathern recebeu diversos prêmios e títulos e teve passagens por instituições de ensino e pesquisa renomadas, como a Universidade Nacional da Austrália, a Universidade de Berkeley e a Universidade de Manchester.

 

Coleção Antropologia Hoje

 

Parceria da Terceiro Nome e do NAU-USP para a divulgação de trabalhos, ensaios e resultados de pesquisas etnográficas na área da antropologia voltados à dinâmica cultural e aos processos sociais contemporâneos, a Coleção Antropologia Hoje já conta com 17 títulos, de pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Mais informações em

 

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Conselho Editorial: José Guilherme Cantor Magnani (diretor) – NAU/USP; Luiz Henrique de Toledo – UFSCar; Renata Menezes – MN/UFRJ; Ronaldo de Almeida – Unicamp; Luis Felipe Kojima Hirano (coord.) – NAU-USP