Um dos episódios mais dramáticos da história da América do Sul, a Guerra do Paraguai é vista neste livro pelo olhar da irlandesa Elisa Lynch, a companheira do ditador Solano López.

Elisa era linda, glamorosa e poderosa, e levou ao Paraguai costumes europeus relacionados à dança, à música, ao vestuário, à culinária e à emancipação da mulher. Amada pelo povo mais simples, que a chamava de “rainha do Paraguai”, era odiada pela elite, que se referia a ela como “uma prostituta maquiavélica, que teria seduzido e roubado magnatas franceses, ingleses e russos antes de enfeitiçar o ditador paraguaio.

Só para lembrar, a Guerra do Paraguai começou em 1876, pouco antes da abolição, e muitos escravos – não mais desejados pelos fazendeiros, que estavam visualizando lucros maiores com os “trabalhadores livres” – foram “libertados” para irem lutar na Guerra. Dezenas de milhares deles, além de 90% dos homens paraguaios com mais de sete anos e de 50% das mulheres e crianças paraguaias foram mortos... E os documentos “secretos” da Guerra continuam guardados a sete chaves...