Que sorte da Terceiro Nome! Com os desenhos de Portinari censurados pelo editor norte-americano que os tinha encomendado, nós estreamos com esse livro incrível...

Portinari devora Hans Staden

texto e xilogravuras:

Hans Staden

ilustrações:

Candido Portinari

apresentação:

Fernando A. Novais

ensaio sobre Portinari:

Olívio Tavares de Araújo

projeto gráfico:

Ricardo Ohtake

confira aqui o Clipping...

acabamento:

 capa dura

páginas:

160

formato:

29 x 30 cm

Nos anos 1940, Candido Portinari preparou uma série de 26 desenhos para ilustrar uma edição das memórias de Hans Staden, o célebre aventureiro alemão sequestrado e quase devorado pelos índios Tupinambá em meados do século XVI. Os desenhos, fortes demais e impressionantes na descrição dos costumes indígenas, em especial das cenas de canibalismo, foram recusados pelo editor americano que os havia encomendado, permanecendo inéditos em seu conjunto até caírem nas mãos da Terceiro Nome, quase sessenta anos depois de terem sido criados.

 

O lindo projeto gráfico é de Ricardo Ohtake. Além dos desenhos de Portinari, a publicação traz os relatos e as xilogravuras da edição original da obra de Staden, publicada na Alemanha em 1557.

 

Hans Staden é o autor da primeira grande reportagem escrita e ilustrada sobre os habitantes do Brasil recém-descoberto. Escrita em meados do século XVI, quando o aventureiro alemão foi sequestrado e quase devorado por índios Tupinambá, seu livro teve grande repercussão na Europa e foi, talvez, um dos primeiros casos de pirataria literária: no ano da primeira edição, 1557, feita em Marburgo, na Alemanha, uma nova edição – pirata! – foi feita em Frankfurt. Curiosamente – e com certeza por ter sido feita às pressas e sem maiores cuidados – o texto saiu acompanhado de imagens que, no lugar de indígenas nus, traziam árabes vestidos e até com os rostos cobertos!

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